IKINS / JOGO DE IKINS


Ikin Ifá - Semente Sagrada

Ikin ou no plural Ikins são coquinhos (nozes) de um tipo especial de palmeira de dendê que ao invés de apenas dois olhos como nas palmeiras comuns, apresentam três ou mais olhos. Para serem usados para fins divinatórios no Culto de Ifá. Ikin é uma semente muita sagrada e importante símbolo de Ifá, que conecta o ser humano com Ifá-Orunmilá. Quando um sacerdote avistar uma arvore sagrada deste tipo, vinda com o nome Ope onikin, ele amarra um pano branco nela e oferece alguns ingredientes para que a mesma produza semente boa e perdure por muito tempo.

Nomeação aos Ikin Ifá:

1 – Oduso: Ikin com 6 olhos que é considerado o Ikin Rei.
2 – Oloju marun: Ikin com 5 olhos.
3 – Awinrin: Ikin com 4 olhos. OBS: Muito utilizado para todos os iniciados em Ifá, porque é certo ter 4 ou mais olhos os Ikin.
4 – Osa: Ikin com 3 olhos.
Ikin Ifá é muito utilizado para iniciações á Ifá no Itefa (pisar no Ifá) ou conhecido para outros como Itelodu (pisar em odu). Somente as pessoas que passam por este ritual podem manipulá-los, com o devido treinamento por seu Ojugbona.

Jogo de Ikins


O Jogo de Ikin é utilizado exclusivamente em cerimônias de maior relevância. São utilizados dezesseis cocos de dendezeiro, devidamente liberados de suas polpas, tratados e consagrados ritualisticamente. Os Ikins são depositados na mão esquerda do Sacerdote que, com a direita, tenta em um único golpe, recolher o maior número possível de sementes, na intenção de deixar na esquerda, apenas um ou dois ikins.
Se na tentativa sobrar um único ikin, o sacerdote assinalará no Opon-Ifá (Tábua de Madeira) revestida de Yerossun, um sinal duplo (II), começando a inscrição do ODU, sempre da direita para a esquerda. Se restarem dois ikins em sua mão esquerda, assinala um sinal simples (I), se, todavia, sobrarem mais de dois ou nenhum ikin, o lançamento é considerado nulo. Esta operação é repetida tantas vezes quantas forem necessárias para que se obtenham duas figuras compostas, cada uma, de quatro sinais simples ou duplos, superpostos verticalmente o que proporcionará o surgimento de duas colunas, inscritas da direita para a esquerda, uma ao lado da outra, que seriam os Odús correspondentes.

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